As iguanas constituem um grupo de lagartos amplamente distribuídos pelo continente Americano. Embora o nome popular “Iguana” indubitavelmente transmita a concepção de um lagarto de morfologia bem peculiar, a diversidade de formas de vida associada a este nome é fantástica.
Os cientistas que estudam lagartos têm demonstrado que sob este famoso nome existem pelo menos 39 diferentes espécies biológicas, inclusas em 8 gêneros e agrupadas em uma grande família biológica, a Iguanidae (UETZ & HALLERMANN, 2011).
Apesar da imensa diversidade do grupo, existem iguanas mais conhecidas do que outras. Merecem destaque: as Iguanas Marinhas de Galápagos – Amblyrhynchus cristatus; as Iguanas Terrestres de Galápagos – Conolophus subcristatus; e, em especial, a Iguana Verde – Iguana iguana, cujo Gênero faz referência ao nome popular.
A Iguana Marinha de Galápagos (Amblyrhynchus cristatus) é um lagarto de grande porte, de coloração pardo-avermelhada, com proporções variáveis de preto e vermelho (Figura 1). A espécie habita a faixa costeira das ilhas do arquipélago de Galápagos, sendo facilmente encontrada sobre os costões de rochas vulcânicas à beira-mar. Este animal foi um dos organismos mais estudados pelo igualmente renomado naturalista Charles Darwin, fundador da teoria da evolução por seleção natural. A dieta das Iguanas Marinhas é predominantemente composta por algas oceânicas que são obtidas na zona de arrebentação das ondas ou mesmo no fundo oceânico. É exatamente isso! As iguanas marinhas fazem jus ao seu nome, sendo capazes de mergulhar à procura de algas e permanecerem submersas por até uma hora (WIKELSKI, 2011). Como conseqüência destes hábitos, estas iguanas apresentam um especializado sistema de eliminação de sais, as glândulas nasais, que esguicham o excesso de sal ingerido (HAZARD, 2004).
A Iguana Terrestre de Galápagos (Conolophus subcristatus) pode alcançar cerca de um metro de comprimento e é facilmente reconhecida por sua coloração amarela-esbranquiçada (Figura 2). Esta espécie habita as paisagens mais centrais das ilhas, justificando seu nome popular. A dieta das iguanas terrestres é primariamente herbívora, consistindo em folhas, flores e frutos, entretanto insetos e outros artrópodes podem complementar sua dieta (AISBL, 2006). Nos períodos de seca intensa, a aquisição de água se dá indiretamente através do alimento, principalmente por meio de frutos carnosos de cactos, encontrados em abundância nestas ilhas.
A Iguana Verde (Iguana iguana) é uma das espécies de lagarto mais famosas do mundo, tendo sido descrita em 1758 pelo famoso taxonomista Carolus Linnaeus (Lineu), criador do sistema de classificação biológica e nomenclatura binomial, utilizados pelos cientistas até os dias de hoje. Esta espécie apresenta-se distribuída por toda a América, desde o Sul dos Estados Unidos até o Paraguai (UETZ & HALLERMANN, 2011).
A Iguana Verde sofre uma evidente mudança de coloração ao longo de seu desenvolvimento. Quando jovem, é quase que completamente verde, entretanto os indivíduos adultos apresentam-se predominantemente pardo-acinzentados
(Figura 3). Estes padrões de coloração constituem uma eficiente estratégia defensiva, a camuflagem, que dificulta a localização dos indivíduos pelos seus predadores. Assim, as jovens iguanas preferem a periferia das árvores, repletas de folhas verdes, enquanto que os adultos geralmente se associam a troncos de árvores ou ao próprio solo.
(Figura 3). Estes padrões de coloração constituem uma eficiente estratégia defensiva, a camuflagem, que dificulta a localização dos indivíduos pelos seus predadores. Assim, as jovens iguanas preferem a periferia das árvores, repletas de folhas verdes, enquanto que os adultos geralmente se associam a troncos de árvores ou ao próprio solo.
A fama internacional das Iguanas Verdes é principalmente devido a sua renomada utilização como “pets”, consistindo uma das espécies exóticas mais criadas em cativeiro.Esta prática só tem aumentado nos últimos anos e, com a intensificação das exigências legais, os impactos derivados do tráfico ilegal destes animais têm se tornado cada vez mais intensos e preocupantes (ALBERTS et al, 2004).
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